Os 7 de Chicago

Há poucos segundo atrás vi a última cena de Os 7 de Chicago.

Aaron Sorkin fez uma obra incrível.

Extremamente atual e com atores fantásticos, derrubou até o meu preconceito com Sacha Baron Cohen.

Assusta-me o fato de todos os movimentos que trouxeram o tema respeito ao que é diferente se encaixam intensamente no momento atual.

É um filme que retrata o julgamento (político) daqueles que foram considerados os responsáveis pelo protesto que terminou em violência na Convenção Nacional Democrata de 1968, em Chicago.

O recado que guardei é o que tenho buscado incansavelmente nos últimos dias, meses e anos!

Mantenha-se firme aquilo que acredita e valoriza, encontre sua essência, entenda e viva aquilo que você veio aqui para viver. No final é por isso que será lembrado: se viveu ou não a SUA vida.

Esse recado não vem carregado de comportamentos, evite um pensamento reducionista de acreditar que é sendo irresponsável, desleixado, ou sem comprometimento que você viverá essa verdade. Devo te dizer que é exatamente o inverso.

Estar conectado com minha essência também me convida a entender que tenho um impacto no outro, que minhas ações podem ferir ou apoiar alguém, e que se firo serei responsável por remediar, pois é a única forma de reverter essa ação.

Como é claro para mim que aquelas pessoas que não aceitam que o outro seja diferente estão em defesa das suas próprias fragilidades, para que não se sintam desnudas perante a multidão, constroem o desejo de que a multidão também esteja sem roupa.

Por esse motivo evito agir como eles, e respeito se quiserem ser diferentes e não encararem suas próprias dores. O mínimo que espero é que parem de cruzar a linha e ferir as pessoas que são diferentes.

O desrespeito de alguns pela dor que famílias estão vivendo nesse momento beira a irracionalidade. Espero realmente que histórias como a representada pelo filme nos inspire, não a confrontar a polícia ou as autoridades, mas para confrontar nossa própria história de vida para nos movermos em direção a construir um convívio mais igualitário, mais pacífico, mais harmônico.

Temo que não terei tempo de ver isso, mas torço para que minha filha e quem sabe a geração depois dela possa experimentar um mundo assim.

27/03/2021

A.B.

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