Esqueci de contar aqui que assisti ao filme vencedor do Oscar 2018 – A forma da água.
O filme tem um ritmo lento na maior parte do tempo e próximo ao fim há aquela injeção de adrenalina onde você meio que já sabe o final, pelo menos essa foi a experiência que o roteiro me proporcionou.
Elisa Esposito é muda e apesar de sugerir ter se tornado muda por um processo de abuso isso não é explicitamente discutido no filme, o que, mais uma vez, me pareceu meio um caminho óbvio de mais. Mas estamos falando de um filme dirigido por Guilhermo del Toro, então essas pontas soltas são facilmente esquecidas quando nos prendemos à forma que o filme desenvolvido. A atriz é boa? É razoável, atende a expectativa de um personagem tão complexo, mas acho que merecia um pouco mais…
Com uma fotografia inimaginável e cores que há muito tempo não víamos, Guilhermo tornou seu filme clássico e contemporâneo ao mesmo tempo – se é que isso é possível, discutiu o papel da mulher na sociedade da década de 60 e trouxe críticas extremamente atuais. Eu tenho quase certeza que sei exatamente a cena que fez o filme ganhar o Oscar, fiquem atentos à uma cena em preto e branco que a Elisa dança com a criatura.
Para os observadores e estudantes de PNL sugiro a percepção do rapport, técnica de sintonia entre dois sujeitos, apresentada ao longo do filme. Elisa é uma aula ambulante desta ferramenta.
É um conto de fadas que esconde vários ensinamentos como todo bom conto de fadas.
Em minha opinião o Guilhermo já fez coisas bem melhores, como O Labirinto do Fauno.
Ainda assim recomendo que o leitor assista e me conte o que concorda, discorda ou o que observou que não está nesse texto.
Abraços,
P.S.: Você já observou que em nosso blog temos textos temáticos escritos por vários autores?
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